ENQUANTO ISSO, NO IRAQUE...
... os invasores americanos outrora exultantes com sua vitória acachapante, assemelham-se a Pirro e se emaranham num atoleiro que já leva o nome de Um Novo Vietnam.
O que está acontecendo foi dito antes, foi previsto e narrado, inclusive neste blog0news.
Elaboraram como chegar lá e não pensaram no depois.
O próprio Wolfowitz admite que os planos para a pós-vitória só começaram a ser elaboradas uma semana antes do início da invasão.
(Wolfowitz, aliás, acometido de língua solta, ou por franqueza ou por cinismo,
pois também já soltara que a invasão do Iraque foi pelo petróleo mesmo e pronto.)
Pessoas sensatas, outras de picuinha, lançaram prognósticos pessimistas sobre essa empreitada do Império. Quando as tropas aparentando triunfo entraram em Bagdá, sem a resistência da temida Guarda nem o combate rua a rua, os defensores da guerra tripudiaram: ta vendo? Vocês estavam errados! Anti-americanistas! Idiotas!!
Nem tanto. Nem tanto. A resistência dissolveu-se sem desaparecer. Continua e elimina um ou dois americanos por dia. É o outro conceito de guerra, que nem a mídia nem os americanos conseguem atinar. O povo sábio e justo que trazia o presente da Democracia & Bonança tornou-se apenas mais um invasor passageiro.
A mesma coisa aconteceu no Afganistão, hoje relegado, maltrapilho e tão jogado e sacudido quanto antes. Exultaram com uma falsa vitória, a luta tornou-se difusa e o assunto morreu. Os “pretextos” – Osama, Saddam, armas químicas – continuam desencontráveis.
O domínio americano, que traria estabilidade, inclusive para o Império sedimentar seu poder na área, patina.