ENQUANTO ISSO, NO IRAQUE
Os americanos deram para alvejar tudo que mexe, a torto e a direito, acertando em embaixadores russos e nos seus aliados curdos. Um fogo muy amigo que deve ter matado mais ingleses do que o inimigo. E agora fere o irmão do líder curdo, um dos seus principais aliados (até quando?).
No noticiário americano e nos boletins da milicada, voltou a predominar o triunfalismo, depois das hesitações no meio da semana devida à resistencia iraquiana. Dizem que controlam Bagdá, entram e saem quando quiserem e vão dominar daqui a pouco. Discutem já a divisão do espólio.
Fizeram um passeio ontem pela capital e voltaram dizendo que mataram mil iraquianos (o NYTimes fala em 50). Os iraquianos contra-atacam com suas próprias bravatas. Tem um aeroporto lá onde cada informação que decola tromba com outra que está pousando.
Somos bombardeados com numeros e numeros, imagens e imagens.
E não chegam, à superfície, aquilo que vai ficando no rastro.
as mortes e as mortes, os cadaveres, as familias destroçadas,
a terra revirada, os feridos, os famintos, a desertificação das gentes guerreadas.