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sexta-feira, julho 22, 2016

A vida é muito curta para falar mal do Rio




"O espírito carioca está no cheiro de pipoca doce que polvilha o ar todo fim de tarde. Nas velhinhas de Copacabana que vão à hidroginástica de roupão e toalha na cabeça nos presenteando com uma cena felliniana. Nas crianças vestidas de princesas e heróis nas esquinas, na alegria de mostrar a um amigo que vem pela primeira vez à cidade os Arcos da Lapa, o bairro de Santa Teresa e a muretinha da Urca. Está no jeito despojado de tratar um penetra numa festa com a mesma alegria ofertada aos amigos. Nas festas portuguesas da Cadeg. Nas barracas de flores da Cobal. No papo sobre futebol com o jornaleiro. No ensaio da União da Ilha. Na sensualidade dos corpos que se movimentam com a mesma graça dos felinos. No chinelo, na rua, no boteco pé-sujo, no papo descontraído na fila do banco. Na gratidão por estar vivo, ter saúde e olhos para poder contemplar o Aterro do Flamengo após o retorno de uma viagem com chegada no Santos Dumont — bem como na indignação com a camuflagem da pobreza nas linhas vermelhas e amarelas na chegada no Galeão."

leia o texto de Mônica Montone​

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