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domingo, junho 05, 2016

Ângela Diniz é morta a tiros em Búzios, em 1976, pelo playboy Doca Street | Acervo


    04 de Janeiro de 1977, Rio, página 11
"O primeiro julgamento, em 1979, terminou com o tribunal do júri absolvendo o réu e condenando a vítima. Ângela Diniz foi descrita pelo advogado de defesa de Doca, o criminalista Evandro Lins e Silva, como uma "Vênus lasciva", "dada a amores anormais" - referência a um caso homossexual que teria tido. Lins e Silva conseguiu convencer os jurados de que seu cliente agira "em legítima defesa da honra". A sentença: dois anos de prisão, que não cumpriu, pois foi beneficiado por sursis. O julgamento, em Cabo Frio (cidade da qual Búzios era distrito), assemelhou-se a um programa de auditório, com claque ruidosa e cobertura inédita da imprensa.

Dois anos depois, Doca foi a novo julgamento, por causa da reação da sociedade. O movimento feminista no Brasil estava em seu auge, brigando contra a impunidade de homens que, como Doca, haviam matado mulheres, e cunhou um slogan famoso: "Quem ama não mata". Quando Doca foi julgado pela segunda vez, a opinião pública estava mobilizada para condená-lo - e vibrou quando ele pegou 15 anos de prisão."


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