BAGDEU O QUE TINHA QUE DAR

Prosseguindo pelo terreno das suposições
uma das mais recentes teorias da conspiração que circulam pela web refere-se à estranha queda da cidade de Bagdá.

Escreveu-se e transmitiu-se resmas sobre a dificuldade que seria a tomada de Bagdá, em combates de rua, corpo a corpo, com matanças de ambos os lados
(e, pior, americanos morrendo na TV) -
lembrou-se Stalingrado, Berlin e outras cidades -
e de repente tudo (ou quase tudo) se resolveu em um ou dois dias.

A feroz Guarda Republicana desapareceu.
Fugiram? Consideraram a vida civil mais saudável? Foram todos mortos e ninguem percebeu? E Saddam, para onde se escafedeu?

Calma, gente. Foi tudo um acordo. O climax da guerra teria sido uma armação entre as partes interessadas, todas interessadas em acabar logo com isso.
Os iraquianos iam perder mesmo e os americanos iam ganhar mesmo mas a um custo muito mais alto.Muitas peles próprias foram salvas e pulou-se um banho de sangue com gasolina que poderia incendiar outros países.

Nos últimos dias fui coletando por lugares indícios ligados a essa teoria.
Algumas delas:

# Comparem a resistencia feroz ocorrida em Basra com os tiros esporádicos em Bagdá. Basra é uma cidade menor, com exércitos menos equipados, numa área distante do poder e dominancia do partido Baath.

# Os sete prisioneiros de guerra exibidos na TV. No ardor da guerra psicológica, divulgou-se que teriam sido decapitados. Foram encontrados em condições razoáveis, de pijamas, e sendo bem tratados.

Todo o episódio do resgate de Jessica Lynch tambem teria sido uma armação, pre-combinada. As tropas americanas foram notificadas de onde ela estaria e quando chegaram lá não havia ninguem vigiando.

# Milhares de árabes de outros países foram a Bagdá ajudar na resistência. Não houve incentivo ou apoio por parte dos Baath para acoplá-los à sua luta.
Grande parte da resistencia ainda havida em Bagdá inclusive veio desses milicianos estrangeiros, que já que estavam por lá mesmo...

# Por mais que a guarda republicana possa ter debandada por medo, uma desmobilização de tal porte, coordenada e instantânea como foi, nâo poderia ter acontecido sem ordens de cima, do topo, e assistida pelo alto comando. Mesmo tenpo deposto as armas e vestido roupas civis é impressionante quão pouco de integrantes da GR foram capturados ou mortos.
(Onde estariam, por exemplo, os corpos dos mais de 3000 soldados que os americanos diziam ter matado na incursão inicial dentro de Bagdá?)

# Mesmo com a grande maioria da GR debandando, não seria de se esperar que algumas unidades radicais - os babás e heloisas do Iraque - fincassem pé tipo daqui não saio daqui ninguem me tira?

# Nem uma, nem umazinha, das pontes em Bagdá foram destruidas, o que dificultaria o acesso dos invasores à cidade.

# Os poços de petrõleo - objetivo principal da guerra - foram estranhamente preservados mesmo diante da iminencia da derrocada final.

# Não é estranho o desinteresse agora pelo paradeiro de Saddam?
Tá certo que não acharam ele de cara, mas o mesmo aconteceu com o Osama e estão catando ele até agora em cavernas por aí.
Não seria porque já sabem onde está o Saddam? Local inclusive combinado neste acordo?

E assim por diante...
Pode ser, pode não ser.
Pode ter sido que os palãcios suntuosos de Saddam eram apenas castelos de cartas e o terror do Partido Baath um tigre de papel.

Pra mim, o importante é o seguinte:
se era pra entregar assim de bandeja
(mesmo uma bandeja manchada de sangue)
ou pra arregar justo na hora da decisão
por que Saddam e sua corja não roeu a corda logo de cara
saindo fora pro exilio
e poupando seu povo de toda essa merda?