O talento do cartunista Redi foi descoberto cedo, aos 2 anos, pela mãe, dona Tauba. O menino fez um desenho da babá brigando com um homem. Foi então que ela descobriu que a empregada tinha um namorado. Nascido em 30 de agosto de 1939, na Glória, Zona Sul do Rio, Sílvio Redinger viveu quase quatro décadas no Leme, de onde só saiu nos anos 80 para ir morar em Nova York, nos Estados Unidos. Tornou-se um dos cartunistas mais cultuados de sua geração.

Radicado nos EUA, ele fazia charges para “The New York Times”. Foi o primeiro profissional a ter uma charge na primeira página do jornal americano. Nos anos 80, foi um dos poucos artistas escolhidos pelo Museu de Arte Moderna de Nova York para desenhar cartões de Natal.

No Brasil, é conhecido pelo seu trabalho nos jornais O GLOBO, “O Pasquim”, “Última Hora”, “A Notícia” e “Correio da Manhã”. Também criou desenhos para as aberturas de programas da Rede Globo, como o “Viva o Gordo” e a novela “Um sonho a mais”.

Redi chegou ao Brasil há duas semanas para ajudar o irmão, Luís, a cuidar da mãe, de 90 anos, que em dezembro perdera seu companheiro.

Morreu anteontem de ataque cardíaco, em casa, na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea. Tinha 64 anos.